Temos o costume de olhar a tabela nutricional e esquecer a lista de ingredientes, porém, é na lista que podemos identificar a verdadeira informação sobre o produto.
A lista de ingredientes deve estar em ordem decrescente, ou seja, o primeiro ingrediente é o que mais tem no produto. Muitos produtos aparecem como integrais e se olhar nos ingredientes, o primeiro nome que aparece é farinha refinada e apenas depois o ingrediente integral de fato. Isso acontece porque não há uma definição específica sobre a classificação e o padrão para alimentos integrais, o que impede a definição para o consumidor de quando um alimento pode ou não ser considerado integral.
Para ficarmos mais atentos temos também o exemplo da gordura trans, ela precisa ser descrita na tabela nutricional apenas se apresentar mais de 0,2g por porção. Porém, podemos nos deparar com indústrias diminuindo o tamanho da porção para poder isentar o produto de gordura trans na tabela nutricional, sendo que ele possui o ingrediente. Mas, para a nossa felicidade podemos identificá-la na lista de ingredientes com as mais variadas nomenclaturas, por exemplo: gordura vegetal hidrogenada, gordura vegetal, gordura hidrogenada, creme vegetal, margarina, óleo vegetal hidrogenado, gordura parcialmente hidrogenada e/ou interesterificada, gordura vegetal parcialmente hidrogenada, óleo de milho hidrogenado, óleo vegetal de algodão, soja e palma hidrogenado, gordura vegetal de girassol, gordura.
O açúcar também pode aparecer com várias nomenclaturas: maltodextrina, dextrose, frutose, sacarose, lactose, açúcar invertido, glicose, xarope de milho, xarope de malte, mel, maltose, concentrado de frutas, entre outros. Muitas vezes os produtos apresentam na lista mais de 3 nomenclaturas diferentes para o açúcar, dificultando a leitura do consumidor.
ANVISA, 2018
RDC 54/2012